Compositor: Não Disponível
Ainda há um peso sobre mim
O fedor trêmulo daquilo que ficou incompleto
Pairando, terrível
Mal consigo respirar
Isso não era o que eu pensei que seria
Lute comigo, se quiser
Desculpa, ó Deus!
Desculpa!
Eu te deixei lá
Ó Deus, eu te deixei lá
Será essa minha expiação? Será que meu sacrifício se cumpriu?
Eu morrerei aqui nesta Montanha
Declaro o encerramento deste círculo
Rogo-Te que dês fim à Trilha do Peregrino
Rogo que minha vontade seja selada com sangue nesta tinta
Com a qual escrevo minhas palavras finais
E assim está feito
Assim seja
E então, eu rezo por paz em meio à loucura
Sê livre, sê sem dor
E recebe tua Santa Montanha
Com tudo dito e feito
Aqui está a verdade do que importa
Sem máscaras, sem jogos
Não mais
Veja, fui eu quem trouxe isso sobre mim
Mas que não se diga que isso foi algo além de espúrio, no melhor dos casos
As marés da mudança fluíram entre uma multidão de uns e zeros
E não estava claro desde o início que tudo isso seria transitório?
Como se reconciliam as consequências de uma história que já não importa mais?
A resposta é
Você não reconcilia
Porque mesmo que não tenha mais relevância para mim, ainda é relevante para alguém
E uma história, uma vez contada, ainda fala àqueles perdidos na tempestade
Ainda dilacerados e lançados contra as pedras
Ó Homens do Oeste!
Ó Homens Sem Rosto!
Ó Homens da Raça da Rosa!
Ó Almas Sombrias que ainda virão!
Caminhai, todos vós, todos iguais, trilhando vosso caminho sombrio
Onde as fissuras e vossas dores hão de sarar
Diante de vossa Santa Montanha
Mas gravai minhas palavras: A tempestade virá de novo
Ela sempre volta
E em seu abraço estarão a loucura e o êxtase
Do Conto Único e Sagrado explodido sobre a tela
Mesmo que não venha de mim, mil vieram antes
E milhões ainda virão depois
E com isso dito, recuso-me a deixar que um ser humano dependa de cada palavra que eu diga
Quando nem eu mesmo sou capaz de dar tal crédito a mim
Fazer isso seria uma falácia, quando reconheço os erros dos meus próprios caminhos
E eu também devo ser responsabilizado
Não devemos todos?
Mas eu divago
Veja
Não era tão claro no começo, mas tudo isso seria transitório, e eu me perdi no caminho
Enredado na névoa da minha própria poesia e encarando meus erros
Veja, a intenção era a cura, mas o que encontrei não foi o mesmo
Veja, este caminho está cheio de ira e o Caminho está cheio de fúria
Voltada contra as mentes ignorantes e simplistas que nos veriam definhar
E eu me recuso a ser mártir, e me recuso a ser santo
Mas dizem por aí
Isso é o que acontece nas montanhas
Vim de tão longe de casa apenas para descobrir que preciso voltar
E me desculpe
Isso é o que acontece nas montanhas
Vim de tão longe de casa apenas para descobrir que preciso voltar
E me desculpe
Vim de tão longe de casa apenas para descobrir que preciso voltar
E me desculpe
Isso é o que acontece nas montanhas
Vim de tão longe de casa apenas para descobrir que preciso voltar
E me desculpe
Mas não tenho mais nada a dizer