Compositor: Não Disponível
Embora a pergunta ainda permaneça
Lançada sob a fria luz do dia, o que é lar, senão um lugar para deitar a cabeça?
O Caminho do Peregrino enxerga a bem-aventurança num vislumbre estagnado
Ou há algo a se dizer sobre o conforto do ninho?
Porque isso já não me parece tão claro
Sinto que faz tanto tempo desde que deixei o que conhecia e amava
Sei que foi apenas um dia, mas parece que foram éons
Nascido para morrer mil vezes e viver mil vezes mais
Como pedra e prata, já estive aqui antes
Já estive aqui antes
Tudo o que é, é tudo o que foi e tudo o que será
A linguagem da matéria escrita em grande escala
Tudo que é escrito, tudo que é ouvido
Tudo que é dito, tudo que é palavra
É conhecido, portanto, por todos, como papiro
E assim foi contado, e assim eu contei a mim mesmo
E nesse instante, eu soube
Como é acima, assim é abaixo
Estes membros de papiro, eles me ensinam que estes braços são meus
Mas não reivindico posse sobre esta forma temporária
Do pensamento à pena, tudo será escrito
Do vazio à forma, tudo será contado
Ordo ab Chao
Tudo o que é, é tudo o que foi e tudo o que será
A linguagem do ser escrita em grande escala
Chaves semânticas enterradas sob os fragmentos mecanísticos
Do funcionamento da Coisa Única tornada manifesta
Pois na carne está o todo
Em tudo, vemos a nós mesmos
Refletidos no salão dos espelhos sagrados
Quem somos nós para proclamar tal divisão nos mecanismos da Coisa Única?
Quem somos nós para alimentar o bocejo das fissuras com tanto trabalho a ser feito?
Assim seja
Eu me torno o Homem de Membros de Papiro
Para realizar as obras da Coisa Única
Está tudo acabado, meu bem
Só queria poder ficar, mas na verdade, não havia outro modo de isso acontecer
Não passa de pedra e prata